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A rubéola, do latim rubella, é uma doença infetocontagiosa causada pelo vírus da rubéola e pode ser transmitida entre seres humanos por via aérea através do contacto direto com secreções de indivíduos infetados.
Em alguns casos, os sintomas desta doença são ligeiros, o que faz com que os indivíduos infetados não se apercebam de que estão infetados. Cerca de duas semanas após o contacto com o vírus da rubéola, é frequente o aparecimento de erupções cutâneas de tonalidade avermelhada que tendem a desaparecer ao fim de três dias. Na maioria dos casos, o aparecimento destas erupções cutâneas tem início na cara, alastrando-se posteriormente para o resto do corpo. O risco de contágio é mais elevado uma semana antes e uma semana depois do aparecimento das erupções cutâneas.
A rubéola foi descrita pela primeira vez em meados do século XVIII por dois médicos alemães que a denominaram por roteln, no entanto, a doença ficou globalmente conhecida como sarampo alemão.
Os sintomas da rubéola eram frequentemente confundidos com os do sarampo, uma vez que o aparecimento de erupções cutâneas de tonalidade avermelhada é comum a ambas as doenças. As erupções cutâneas podem causar prurido e as que resultam da infeção pelo vírus da rubéola adquirem uma coloração menos avermelhada do que as que resultam da infeção pelo vírus do sarampo.
A rubéola foi oficialmente reconhecida como uma doença distinta do sarampo em 1881 durante o International Congress of Medicine que decorreu em Londres.
A linfadenopatia é caracterizada pelo tamanho, consistência ou número anormais dos nódulos linfáticos e encontra-se comummente associada à rubéola. O aumento do tamanho dos nódulos linfáticos é o sintoma mais comum e tende a durar algumas semanas. É também possível que ocorra febre, garganta inflamada e cansaço. Em indivíduos adultos são também comuns as dores nas articulações. Entre as complicações que a infeção pelo vírus da rubéola pode causar estão problemas hemorrágicos, inchaço dos testículos e inflamação dos nervos.
A infeção pelo vírus da rubéola é particularmente preocupante no início da gestação, podendo resultar na morte do feto ou no desenvolvimento da síndrome da rubéola congénita (SRC) no recém-nascido, no entanto, a evolução do estado gestacional tende a estar relacionada com a diminuição do risco de desenvolvimento de defeitos congénitos.
A estratégia mais eficiente para a prevenção da infeção pelo vírus da rubéola é a vacinação dos indivíduos durante a infância a uma escala global. A vacina contra a rubéola é combinada com a vacina contra o sarampo e a vacina contra a parotidite epidémica. Esta combinação é denominada por VASPR e a administração de uma única dose tem uma eficácia superior a noventa e cinco porcento, no entanto, o Programa Nacional de Vacinação (PNV) recomenda a administração de duas doses, a primeira aos doze meses e a segunda aos cinco anos de idade.
A rubéola é uma doença comum em várias regiões do mundo, sendo que ocorrem cerca de cem mil casos de síndrome da rubéola congénita por ano, no entanto, a incidência da doença diminuiu significativamente em diversas áreas do globo como resultado da vacinação. Estão atualmente a ser desenvolvidos esforços no sentido de erradicar totalmente a doença. Em Portugal, a eliminação da rubéola e do sarampo foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 29 de outubro de 2015.